segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Luciano, em latim: Luz

Todos nós convivemos com pessoas o tempo todo, temos amigos de infância, parentes, conhecidos, amigos de fé, namorados, parceiros, colegas...alguns passam por nossas vidas e nos deixam boas lembranças, ou mesmo decepções, outros passam e a gente nem percebe, até esquece, tanto faz qt tanto fez, mas algumas passam por nós e deixam marcas q nada, nem o tempo, nem ninguém nos permitem esquecer. O interessante, ou estranho, é q essa mesma pessoa pode ser passageira pra uns e importantíssima pra nós, a vida é mesmo engraçada...às vezes me pego perguntando o q eu significo pra elas, querendo assim me classificar em alguma dessas categorias, e confesso aqui, q sempre me esforço pra tentar passar pela vida de meus amigos deixando uma boa lembrança, nem q seja uma tarde de risadas intermináveis. Porém, nem sempre conseguimos deixar marcas em quem queremos..
Enfim, toda essa introdução é pra dizer q o Luciano, é uma dessas pessoas q passaram por mim e q não esquecerei jamais. Um grande amigo. Nos conhecemos há dois anos, mas parece q o conheço desde sempre! Talvez por isso, o compreenda em suas atitudes, e pensamentos.
Graças a ele, pude concretizar meu desejo de voltar à Paris, pois sem o oferecimento de um canto em seu lar, não poderia ter viajado esse ano. Convivi 20 dias com um guri q pode ser engraçado, melancólico, confidente, divertido, cri-cri, irônico, companheiro, amigo, surpreendente, parceiro...tudo isso em um mesmo dia!! O Luciano sabe rir de si próprio, mesmo em situações estressantes, q fariam qualquer um chorar. Sou assim tb. Fui super bem recebida e acolhida, aliás, desde muito antes de minha chegada, ele já se dedicava a me fazer mapas e dar dicas do q seria melhor pra mim, se mostrou sempre preocupado com meu bem estar. Merci beaucoup!! Qd cheguei, me senti tão em casa q fiquei à vontade deixando até baguncinhas pra lá e pra cá (ai q vergonha, da próxima vez farei diferente :D)
Nossas conversas intermináveis me fizeram muito bem, consegui entender muita coisa e ver o q estava estampado em minha frente, mas q era tão evidente e tão confuso. Por isso não me impressionei quando fiquei sabendo o significado do nome LUCIANO, em latim: LUZ. Como todos sabem, não acredito no acaso, acredito q as coisas aconteçam como devem acontecer. Se o Lu reapareceu em minha vida depois de dois anos, algum motivo teria. E de fato, ele foi a Luz, q me fez enxergar certas coisas q estavam dentro de mim e q eu não conseguia “botar pra fora”. Ultimamente, eu andava bem perdida por aqui, sentindo coisas sem saber explicá-las (o Tigrão q o diga!), um desconforto com o presente, mas nessa viagem, tudo se esclareceu pra mim, reconheci Paris como minha cidade, e quem iluminou meu caminho, pra que eu fosse lá e percebesse tudo isso, foi justamente o Lu me permitindo ficar em sua casa. Sem isso continuaria aqui, a deriva, sem saber pra onde ir. Realmente minha viagem foi espiritual, consegui me encontrar e sei o caminho q vou seguir. Obrigada meu amigo!
Acho q agora, vcs podem entender o porquê dele merecer um post inteirinho.

Merci beaucoup mon ami..et ne t'oublies pas: tu peux faire confiance en moi, toujours!




Beijinhos a todos..

Tita

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Momentos e pessoas realmente especiais..

Para quem não sabe, já estou no Brasil..
Amigos, tenho muita coisa bacana e interessante pra contar sobre os dias que passei na França. Curiosidades, alegrias, tristezas, sustos, enfim inúmeras experiências. Passava a maior parte do tempo sozinha, ou como diriam os franceses “toute seule”, o que me permitiu pensar pra caramba em minha vida e sobretudo pensar sobre o que quero e espero dela. Alguns dos resultados dessas minhas “viagens filosofais” vou contando com o tempo..
Qd não estava refletindo, diante de uma Paris linda q se apresentava pra mim todos os dias, costumava aproveitar ao máximo o estilo de vida francês. Como por exemplo, em dia chuvoso, sentar em um petit bistrot , tomar um cafezinho e se deliciar por horas com um bom livro. Ou então, com a mente vazia, sentar nas escadarias da Sacré Coeur, e presenciar um lindo pôr do sol, vendo a cidade se recolher e tudo isso curtindo uma viola ao fundo..ai ai ai..coisas simples, mas q têm um valor imensurável pra mim.
Esse mesmo valor dedico às pessoas que, de uma forma ou de outra, participaram do meu séjour à Paris e conseqüentemente fizeram parte de minha vida. Mesmo tendo passado pouco tempo com cada um deles, tenho um carinho muito especial por todos. Faço questão aqui de mencionar essas pessoinhas especias: Raquel (uma mãe pra mim, atenciosa e preocupada), Pablo, Rebeca, Nicolas (sempre simpático e prestativo, fazendo de tudo pra me deixar por dentro das conversas), Lors, Nico, Stéphanie, Evans, Agnes, Stèph, Alex, Guillaume, Laurent, Jonathan (amigo que conheci no avião, q me ajudou no meu primeiro momento em Paris e que, por ser profe tb, me deu tantas dicas de francês), e a Déa (amiga querida que já conhecia de POA e q passou um dia maravilhoso comigo, me ouvindo, me dando conselhos e dicas de vistos!). Agradeço a todos eles pela atenção e carinho q tiveram comigo.
Tem uma pessoinha em especial que quero agradecer do fundo do meu coração: Luciano. Porém, pra ele quero dedicar um post inteirinho. Então, aguardem os próximos capítulos.. :)

Bisous et à bientôt!!

Tita

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Comandante Kinho

Assim como havia prometido, conto a vocês como foi meu final de semana.

Como sabem meu aniversário de 30 foi na quinta passada, e a Joanne organizou um monte de coisas. Pra começar, quinta feira jantamos no restaurante Foveaux, que foi considerado o melhor novo restaurante de Sydney em 2007. Lá comemos o menu degustação, que consistia em 5 ou 6 pratos com seus respectivos vinhos. Era um mais sofisticado que o outro. Tivemos desde sorvete de caranguejo até asa de frango com pipoca. As porções eram minúsculas, mas por incrível que pareça saímos de lá saciados.

No dia seguinte, sexta-feira, na saída do trabalho, fomos para as Blue Mountains (montanhas azuis) ao oeste de Sydney. Lá fomos para um hotel onde toda a mobília era da época Vitoriana e lá mesmo jantamos um belo prato italiano regado a uma garrafa inteira de vinho.

Na manhã seguinte aproveitamos a vista dos morros da região e depois viajamos mais 70 quilômetros até umas cavernas da região. Muito impressionante, lá têm 10 séries de grande cavernas. Cada excursão leva cerca de 2 horas e tu entra muito, mas muito adentro. A caverna que fomos consistia em mais de mil e quinhentos degraus entre subida e descida, e tinha umas três ou quatro escadas verticais. Um passeio maravilhoso, mas no final minha perna tremia de cansado.

Voltamos a tardinha para Katoomba (a cidade central da região), com uma parada no ponto principal das montanhas azuis que é a Three Sisters (três irmãs), lá encontramos também uma Oktoberfest o que fez com que comecemos uma comida alemã e tomássemos um pequeno copo de chopp, afinal tinha que dirigir mais de 100km de volta à Sydney.

No dia seguinte, as 9h30 da manhã fui para o aeródromo de Sydney onde a Jô tinha me dado de presente uma aula de pilotagem. Pois é, lá fui eu, num avião junto a uma instrutora. Decolamos (com eu puxando o avião pra cima), e depois de ela ter virado o bico do avião e subido alguns metros (hmm... digo pés) eu peguei o controle e pilotei o avião de modo seguro até 2 mil pés e em direção a Hornsby (clique aqui pra ver o mapa do meu vôo), depois fiz uma curva a direita para Long Reef, e chegando por lá, descendemos até 1500 pés. Chegando em Long Reef minha instrutora pegou o comando, pois esta era uma região bastante controlada que exigia manter rigorosamente a altitude. De Long Reef passamos por Manly (onde a maioria dos Brasileiros moram) e seguimos em direção à Ópera e a ponte.

O interessante do vôo é que nesta hora o alternador do avião pifou, e a luz vermelha piscava... Avisei a instrutora disso (pois a luz era do meu lado) e ela começou a apertar botões, etc, e a avisar a torre que estávamos com problemas. Depois a luz de bateria fraca começou a piscar. Aí o papo com a torre era mais de "se ficarmos sem rádio, etc". Neste momento começamos a economizar energia, e a desligar coisas não necessárias como o GPS. Bom, eu tentava não me estressar pois aparentemente o pior que poderia acontecer era ficar sem rádio. Então nada de mais, mas que me passou pela cabeça filmar uma mensagem na máquina digital caso o avião caísse, passou!

Depois disso, e de ter sobrevoado a ópera e a ponte, peguei o comando novamente e passei por outros lugares de Sydney, incluíndo meu apartamento, casa dos pais da Joanne e o estádio olímpico. Aí pousamos. Pra complementar dirigi o avião no solo até o pátio da empresa.

Pra complementar tudo isso. A Jô organizou um almoço com meus amigos num restaurante brasileiro. Fomos pra lá e lá estavam vários amigos. Tinha feijoada, churrasco e moqueca de peixe e camarão. Conversei com o cozinheiro e por ele ser gaúcho fui no churrasco. Foi muito bom, e o pessoal gostou muito da comida do local. Pra ter uma idéia, eu a a Joanne só almoçamos naquele dia, nada de café da manhã, nem janta... Como sobremesa ela ainda arranjou um pudim de leite e comprou algumas garrafas de Asti.

A Joanne sabe que o que mais gostaria era estar com minha família e amigos para celebrar esta data, mas como isso não foi possível, ela organizou tudo isso pra mim. Eu fiquei muito lisonjeado com tudo, pois ela me fez sentir alguém especial. Não pelos presentes ou surpresas, mas porque eu pude sentir um carinho sincero em tudo que ela fez e continua a fazer por mim.

Hoje, Comandante Kinho, 30 anos e feliz.

Aniversário de 30

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Presente de aniversário!

Oi,
hoje é meu aniversário. Como finalmente estou escapando da casa dos 20 vou poder ser um cara sério. Estava cansado de só fazer festa e tratar a vida como uma grande brincadeira. Hoje vou pedir pras pessoas não me chamarem mais pelo apelido de infância e sim que me chamem de Sr. (ou Mr.) Pizzato, ou na pior das hipóteses de Luiz Augusto.

Como sei que somente meus amigos lêem este blog, e como sei que todos estão pensando em o que comprar de presente para meu aniversário. Por que não algo original e necessário para mim como um motor 1296cc de 4 cilindros, com injeção eletrônica para um Daihatsu Charade 1993?

Pois é , minha "charada" morreu! Depois de bem vividos 220 mil quilômetros, levei ele pro mecânico e lá estava ele, com um racho no motor, vazando água e óleo.

Na verdade, se quiserem, podem também mandar de presente um carro inteiro. Não ficarei brabo!

Abraço a todos e parabéns para mim!
Beijos,
Sr. Luiz Augusto Pizzato

Ps. A Joanne organizou um monte de coisas interessantes para mim neste final de semana, então na segunda devo postar novidades por aqui, possivelmente com fotos e vídeos.