"Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve"
Primeiro queria pedir desculpa por ter sumido do Blog por um bom tempo. O motivo foi que estava passando por um período de muitas decisões em minha vida. Como todos sabem estou tentando acabar meu doutorado o que é bastante complicado, especialmente com o tempo da bolsa ficando cada vez mais curto. Felizmente tudo tem solução, e o enorme estresse que passei em respeito ao que fazer da minha vida passou.
Sobre o doutorado, tenho a possibilidade de entregá-lo sem estar matriculado na universidade o que dá um grande alívio pois sem bolsa de estudos o custo é impossível (mais de 500 dólares por semana).
Estava também pensando se continuava na Austrália ou não. Nas complicações do "o que farei, onde irei", pensava em trabalhar na Itália ou em algum lugar na Europa por causa da cidadania italiana. Nisso ficava a Joanne também apreensiva, pois nós estamos muito felizes um com o outro e simplesmente por problemas burocráticos a nossa história poderia acabar.
Ela sempre me disse que iria comigo aonde eu fosse, se fosse pra Europa ou mesmo pro Brasil. Eu contudo, não iria pedir nunca isso dela, pois ela tem um emprego excepcional que não merece de jeito algum ser largado. Nesta história decidi ficar na Austrália, assim não precisaria desistir de um relacionamento que está muito bonito (ou pedir que ela largasse seu emprego), nem largar nossas coisas e amigos por um lugar desconhecido.
Pensei muito se voltava ao Brasil ou não. Voltar ao RS (ou SC no máximo) não tem comparação pois ficaria perto da minha família e de meus melhores amigos. Infelizmente acredito que assim como a Lisi sempre diz pra mim, eu me sentiria um extrangeiro no Brasil. Talvez sempre pensando em como o problema da segurança e os salários injustos não são realidade em países como a Austrália. Se um dia o Brasil despertar desta crise moral que vive, acredito que não existirá Brasileiro algum que morará fora do país.
A decisão de ficar na Austrália também trouxe outras decisões. Se a Jô e eu estamos tão felizes e seguros com um ao outro, se estamos morando juntos e a nossa convivência não poderia ser melhor, por que não oficializar nossa situação e facilitar qualquer trâmite que venha a existir.
Esta apesar de não ser uma decisão difícil na questão dela ser ou não a pessoa certa pra mim. A decisão não foi nem um pouco fácil, levando em conta que recém foi formalizado o meu divórcio. Pensei demais no assunto. Mas eu acredito que tenho que enfrentar de cara os meus medos, e penso também que não devo deixar experiências ruins abalar um futuro maravilhoso que vejo a nossa frente.
Este, como devem imaginar, foi e está sendo um período muito marcante em minha vida e desencadeou uma série de eventos e decisões que tenho que deixar pra contar em posts futuros aqui no Blog.
Um abraço a todos!
Kinho
